Título: A Cor e Funcionamento Psicológico em uma Residência Universitária
Sugestão de referência: Costa, M., Frumento, S., Nese, M., & Predieri, I. (2018). Interior color and psychological functioning in a university residence hall. Frontiers in Psychology, 9, 1580.
Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2018.01580/full
RESENHA
Essa pesquisa explorou um cenário arquitetônico característico, uma residência universitária composta por seis edifícios separados com características arquitetônicas parecidas e diferiram apenas na cor interna do ambiente (violeta, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho).
O experimento contou com 443 alunos residentes dos seis prédios que foram convidados a avaliar a preferência de cores (matiz e claridade), luminosidade e os efeitos da cor na sua produtividade acadêmica (estudo) e sobre o seu humor. Esses parâmetros foram mensurados através de escalas e instrumentos adequados a cada objetivo.
Os resultados mostraram preferência por interiores azuis, seguido pelos interiores de verde, violeta, laranja, amarelo e vermelho. Diferenças de gênero surgiram para a preferência de azul e violeta, que corrobora a literatura já existente. A luminosidade do quarto foi significativamente afetada pela cor do ambiente e o teto branco foi o preferido pelos participantes. No que tange às questões da cor e da facilidade para o estudo, a cor azul foi considerada a cor que mais facilita a atividade de estudar. Outra relação apontada pelos autores foi a do humor calmo e a preferência pelo azul.
Considerando todos os seis edifícios, cores frias (azul, violeta e verde) foram preferíveis às cores quentes (amarelo, laranja e vermelho). Esse padrão de preferências pode se relacionar com a teoria da valência ecológica que trata sobre um nexo causal entre a preferência por uma cor e a preferência por objetos que são caracterizados por essa cor específica.
Os autores ressaltam que este é o primeiro estudo que examinou os efeitos de uma determinada cor em um espaço no qual os ocupantes viveram em um tempo médio de mais de um ano, o que é um importante diferencial uma vez que a maioria dos estudos desse tipo expõem os participantes a apenas exposições breves.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2023.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em maio de 2023, os aspectos priorizados fazem parte de uma curadoria científica, porém as escolhas dos pontos ressaltados são inerentemente subjetivas, de forma que para a devida apreciação e compreensão se sugere a leitura do material original na íntegra.
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