Título: Sentindo-se claro ou escuro? As emoções e como afetam a percepção de brilho.
Sugestão de referência:Zhang, X., Zuo, B., Erskine, K., & Hu, T. (2016). Feeling light or dark? Emotions affect perception of brightness. Journal of Environmental Psychology, 47, 107-111.
Disponível: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0272494416300524?casa_token=lYTODL1MpKcAAAAA:Q8eRHnj1cuysX03rLcTE1_GWNJmYM8IOos6rVMB-o72HOHnKqlbOl5FZs__USGlnZfgmkEVptHQ
RESENHA
Neste artigo os pesquisadores reportaram 3 experimentos nos quais testam como a percepção emocional afeta a percepção da iluminação e brilho no ambiente.
No experimento 1 os pesquisadores estimularam emoções diferentes nos participantes utilizando trechos de filmes com diferentes valências emocionais, por exemplo: trechos de filmes alegres com o objetivo de estimular emoções de valência positiva e clipes de filmes tristes com o objetivo de desencadear emoções de valência negativa. Com essa intervenção, os autores relatam que foi possível observar que os participantes “felizes”, ou seja, que viram os trechos de filmes alegres, julgaram o espaço/ambiente como mais brilhante do que os participantes que estavam com emoções mais tristes.
Já no segundo experimento, as emoções dos participantes foram eliciadas por lembranças, eles foram convidados a lembrar de momentos felizes ou tristes que viveram. Nessa condição de evocação da memória afetiva, os estudiosos apontaram que os participantes que evocaram memórias felizes também julgaram o ambiente como mais iluminado.
Usando a mesma estratégia de indução emocional que no experimento 2, o experimento 3 também mostrou que participantes felizes julgaram uma imagem cinza apresentada em uma tela do computador mais brilhante do que participantes tristes.
Por fim, os autores concluem que os experimentos executados nesta pesquisa fornecem evidências de que as emoções dos observadores podem afetar a percepção do brilho de forma consistente
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2023.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em abril de 2023, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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