Título: Estresse no ambiente de trabalho: causa e consequências
Sugestão de referência: COLLIGAN, Thomas W.; HIGGINS, Eileen M. Workplace stress: Etiology and consequences. Journal of workplace behavioral health, v. 21, n. 2, p. 89-97, 2006.
Disponível: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1300/J490v21n02_07
RESENHA
O estresse no local de trabalho pode ser definido como a mudança no estado físico ou mental em resposta a locais de trabalho que apresentam uma sensação de desafio ou ameaça a esse funcionário. A presente pesquisa objetivou apontar os fatores que contribuem para o estresse no local de trabalho, sendo: um ambiente de trabalho tóxico, carga de trabalho negativa, isolamento, tipos de horas trabalhadas, conflito de papéis, ambigüidade de papéis, falta de autonomia, barreiras de desenvolvimento, relacionamento difícil com administradores e/ ou colegas de trabalho, intimidação gerencial, assédio e clima.
Os autores apontam que diante de um estresse recorrente o funcionário corre um risco significativo de desenvolver distúrbios fisiológicos e psicológicos que podem levar ao aumento do absenteísmo, disfunção organizacional e diminuição da produtividade. Assim, os autores desta pesquisa discutem estratégias de intervenção para ajudar os gestores a fornecer apoio e intervenção aos funcionários que lidam com o estresse no local de trabalho.
É problematizado no artigo o papel que os gestores desempenham, sendo esse um papel crítico na identificação e intervenção de estresse crônico no trabalho. Nesse sentido, Lazarus (1991) identificou três estratégias para reduzir o estresse relacionado ao trabalho. O primeiro aspecto a ser implementado para auxiliar os colaboradores seria alterar as condições de trabalho para que sejam mais favoráveis. Ao remover obstáculos como sobrecarga de trabalho, ambientes mentalmente incômodos, isolamento e falta de autonomia, provavelmente a sensação de estresse relacionada ao trabalho irá diminuir.
A segunda estratégia para reduzir o estresse relacionado ao trabalho é ajudar o funcionário a melhorar sua interação com o ambiente e no desenvolvimento de outras habilidades. Fornecer ao funcionário serviços como assistência programa de segurança ou links para recursos de gerenciamento de estresse para ajudá-los trabalhar com as questões que impedem a avaliação adequada da situação; além disso, tais programas ensinarão o funcionário a melhorar aspectos de hábitos de vida, como, implementar uma nova dieta, técnicas de meditação e técnicas de relaxamento, a fim de aliviar os efeitos físicos e psicológicos do estresse.
A terceira estratégia é ajudar os funcionários a identificar a relação estressante entre o indivíduo ou grupo e o ambiente de trabalho (Lazarus, 1991; Long, 1995) e desenvolver uma forma para ajudar a reduzir a tensão nesse relacionamento, como, por exemplo, pequenas formações em técnicas de comunicação organizacional.
Palavras-chave: estresse, bem-estar, produtividade, psicologia, ambiente de trabalho.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2022.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em novembro de 2022, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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