Título: Elementos de design para aplicativos de e-saúde para usuários com transtornos mentais severos: Foco Singular, Arquitetura Simples, Conteúdo Proeminente, Navegação e hiperlinks inclusivos (Critical Design Elements of E-Health Applications for Users With Severe Mental Illness: Singular Focus, Simple Architecture, Prominent Contents, Explicit Navigation, and Inclusive Hyperlinks)
Sugestão de referência: , A. J., Eack, S. M., Hanusa, B. H., Spring, M. B., & Haas, G. L. (2015). Critical design elements of e-health applications for users with severe mental illness: singular focus, simple architecture, prominent contents, explicit navigation, and inclusive hyperlinks. Schizophrenia bulletin, 41(2), 440-448.
Disponível: https://academic.oup.com/schizophreniabulletin/article/41/2/440/2526083?login=false
RESENHA
Os aplicativos de e-saúde, ou seja, aplicativos desenvolvidos para auxiliar pessoas com diferentes patologias, estão se tornando parte integrante dos modelos de prestação de cuidados médicos gerais e já estão sendo úteis para o caso de portadores de doenças mentais.
Embora algumas soluções estejam surgindo, ainda são poucos dispositivos que existem para tratamento daqueles com doença mental grave (DMG). Em parte, isso se dá devido à falta de modelos para pessoas com deficiências cognitivas e pouca familiaridade com a tecnologia.
Diante desta problemática, o presente estudo pretendeu avaliar a eficácia de um modelo de design de e-saúde para pessoas com DMG denominado Modelo de Design Explícito (MDE).
O delineamento metodológico desta pesquisa contou com pessoas portadoras de esquizofrenia que realizaram tarefas para avaliar a usabilidade de 5 designs de sites: 4 destes são oriundos de Web sites públicos, e 1 foi projetado de acordo com o MDE, o modelo ajustado e que os autores pretenderam testar.
As estratégias estatísticas utilizadas para avaliar os testes foram modelos de regressão linear de efeitos mistos, essa estratégia possibilitou examinar as diferenças de usabilidade entre os dois tipos de sites avaliados.
Os resultados apontaram que o site projetado usando o MDE demandou menos tempo dos participantes na busca por informações, teve uma maior taxa de sucesso e foi classificado como mais fácil de usar e menos frustrante do que o outro Sites.
Assim, os autores concluem que o MDE fornece diretrizes baseadas em evidência para projetar aplicativos voltados para pessoas com doenças mentais graves. Além disso, os pesquisadores preconizam que para que esses sites sejam adequados a esse público convém usar texto explícito, empregar auxílios de memória de navegação, número de assuntos díspares, dentre outros.
Cabe ressaltar que, embora muitos aplicativos tenham sido projetados, alguns esbarram, muitas vezes, na dificuldade do usuário em interagir com o dispositivo, sobretudo em determinados tipos de público. Sendo assim, ferramentas e estratégias que consigam transpor esses obstáculos são muito relevantes.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2021.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em agosto de 2022, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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