Título: Associações de cor-emoção, projetando esquemas de cores para ambientes urbanos-arquitetônicos.(Color-emotion associations, designing color schemes for urban environment-architectural settings)
Sugestão de referência: Manav, B. (2017). Color‐emotion associations, designing color schemes for urban environment‐architectural settings. Color Research & Application, 42(5), 631-640
RESENHA
A cor no cenário urbano tornou-se uma questão importante e cada cidade tende a apresentar cores diferentes que ajudam a definir e descrever suas características arquitetônicas. Assim, no presente estudo os autores procuraram estudar a cor no desenho urbano com enquadramento arquitetônico e as cores das fachadas tendo como guia os seguintes questionamentos: “Podem os esquemas de cor ser projetados num ambiente levando em conta o impacto das cores sobre a emoção?”, “As associações cor-emoção são afetivas ao projetar o cenário arquitetônico-ambiente urbano? e “A questão cor/emoção tem impacto quando estão presentes num cenário arquitetônico urbano?”.
Para responder a essas questões de pesquisa, 170 pessoas sem expertise na questão das cores e de diferentes países participaram deste estudo. Esses sujeitos foram convidados a analisar um cenário urbano e classificá-lo com diferentes adjetivos levando em conta as cores presentes e preponderantes desse cenário. No que tange ao delineamento metodológico várias etapas classificatórias se seguiram, nas quais, por exemplo, os voluntários deveriam avaliar o efeito da cor em relação ao ambiente e depois o efeito da cor foi estudado como um componente do material
Os pesquisadores sugerem que essa metodologia de escolha de cores que os mesmos propuseram pode ser um ponto de partida para destacar a importância da elaboração de esquemas cromáticos no que diz respeito às associações cor-emoção, já que foram apresentados no estudo várias associações e possíveis codificações. Ademais, as palavras-chave são vinculadas como pares ambiente-resposta; como quieto, calmante, animado, exclusivo, reservado e natural. Além desse aspecto, estruturas psicofísicas humanas como “quente-frio”, “pesado-leve” no que diz respeito à visualização de certas cores são avaliadas e descritas em termos de materiais de construção. Assim, além de os participantes classificarem a cor o fizeram também com relação ao material. Sendo essa estratégia metodológica uma sugestão possível de avaliação do impacto da cor nos ambientes sobre as emoções.
Os autores concluem que embora a cor tenha um peso psicológico e construtivo importante, ela pode ser adicionada como última decisão em projetos arquitetônicos, e, muitas vezes de forma subjetiva e às vezes arbitrária, ou seja, sem um embasamento teórico que sustente essa opção. Além disso, as cores podem atingir valores simbólicos e aumentar a identidade e/ou caráter cultural do ambiente construído. Os autores também ressaltam que os resultados podem ter contribuições para pesquisas anteriores que focam em amostras de cores e aplicações de cores em diferentes áreas do design. Além disso, é útil para propor uma metodologia que sirva para inserção de cores em um projeto arquitetônico, como já mencionado.
Palavras-chave: cenário arquitetônico, associação cor-emoção, esquema de cores.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2021.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em agosto de 2022, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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