Título: A influência da luz colorida na cabine da aeronave no conforto térmico dos passageiros
Sugestão de referência: Winzen, J., Albers, F., & Marggraf-Micheel, C. (2014). The influence of coloured light in the aircraft cabin on passenger thermal comfort. Lighting Research & Technology, 46(4), 465-475.
Disponível: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1477153513484028
RESENHA
Neste relato de pesquisa os autores hipotetizaram que a luz colorida é um aspecto do design de cabines de aeronaves que poderia ser usado intencionalmente para influenciar sensações térmicas nos passageiros, por exemplo. A luz colorida pode transmitir a impressão de que a temperatura ambiente é mais quente ou mais fria do que na verdade é, ao mesmo tempo em que proporciona conforto térmico. Para testar essa hipótese foi então conduzido um experimento.
Os indivíduos foram expostos a diferentes iluminações, que foram avaliadas também em termos de conforto térmico. Os sujeitos de pesquisa avaliaram a temperatura ambiente como sendo diferente dependendo da cor e da iluminação, a saber: na luz amarela, por exemplo, a temperatura ambiente foi sentida como mais quente do que na luz azul claro. Por outro lado, a qualidade do ar foi percebida como sendo mais alta e os sujeitos sentiram-se mais alerta na luz azul. No que diz respeito ao conforto das iluminações, segundo os sujeitos, todas as situações de iluminação colorida testadas foram confortáveis.
Sobre as implicações práticas dos resultados encontrados, os autores apontam que tanto os passageiros como a tripulação de cabine poderiam ser beneficiados com uso de luz colorida. Durante um voo existem diferentes fases, assim, diferentes cores de iluminação podem ser aplicadas: durante o embarque, a luz azul pode “psicologicamente” resfriar a cabine e melhorar o conforto térmico dos passageiros. Para tripulantes e pilotos, as tarefas operacionais podem ser acompanhadas pela iluminação adequada às condições de trabalho dos mesmos.
Além disso, os autores explicam que zonas de iluminação diferentes podem ser aplicadas na aeronave com vistas a personalizar esse quesito de acordo, por exemplo, com as necessidades térmicas e gênero dos clientes, uma vez que é comum a diferença de percepção térmica entre as pessoas.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2023.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em abril de 2023, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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