Título: Relação ambiente terapêutico e neuroplasticidade: uma revisão de literatura
Sugestão de referência: Bastos, J. O. F., Oliveira, M. D. C. B., Silva, D. R. C., & de Moraes Silva, J. (2017). Relação ambiente terapêutico e neuroplasticidade: uma revisão de literatura. REVISTA INTERDISCIPLINAR CIÊNCIAS E SAÚDE-RICS, 4(1).
Disponível: https://revistas.ufpi.br/index.php/rics/article/view/4337
RESENHA
O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura que objetivou analisar através da literatura aspectos que relacionam o ambiente terapêutico e a neuroplasticidade. Os autores realizaram buscas por artigos científicos na língua portuguesa e inglesa, no banco de dados da BIREME e PUBMED entre outubro de 2014 a abril de 2015. Foram utilizados os descritores na língua portuguesa: plasticidade neural, ambiente e reabilitação, na língua inglesa: neuronal plasticity, environment e rehability.
Um estudo interessante levantado pelos autores nessa revisão apontou que apenas 16,7% das clínicas de reabilitação visitadas preocupavam-se com a intensidade da luz e a temperatura do ambiente. A música foi o recurso ambiental mais encontrado, com 66,7%. Porém, 16,7% das clínicas apresentaram ruídos devido a sua localização, induzindo ao estresse e inquietação, prejudicando o tratamento. No que tange à variável cores, 33,3% das clínicas apresentaram-se bem distribuídas em objetos, tatames, paredes, piso e teto, fornecendo aferências visuais importantes para favorecer a neuroplasticidade. Já o aroma como recurso terapêutico não esteve presente nas clínicas visitadas, o cheiro era apenas do material de limpeza.
Os pesquisadores concluíram que os ambientes terapêuticos não se encontravam devidamente organizados, não recorrendo de recursos ambientais que podem ter grande valia na reabilitação dos pacientes como a luz, clima, cor, som e cheiro. Foi assinalada também a existência de poucos artigos publicados sugerindo a necessidade de pesquisas sobre a temática da influência do ambiente terapêutico na neuroplasticidade dos pacientes neurológicos.
O estudo ressalta que a percepção do ambiente a nossa volta pode dar mais ou menos trabalho a mente, assim a estimulação insuficiente pode privar o organismo humano de assimilar os desafios ambientais. Por fim, conclui-se que a reabilitação funcional faz parte do ambiente em que o paciente neurológico está inserido, dessa forma, faz-se necessário que a terapêutica seja interferida direta ou indiretamente por fatores relevantes nos processos de reabilitações do Sistema Nervoso Central.
Palavras-chave: Ambiente. Plasticidade. Reabilitação.
Autora da resenha: JABOINSKI, Juliana. 2021.
- Graduada em Psicologia.
- Desenvolveu pesquisas em neurociência básica de 2007 a 2017.
- Mestra em Psicologia com ênfase em neurociências pela UFRGS.
Observações importantes:
- Esse texto foi apreciado em fevereiro de 2022, ele pretende ressaltar apenas pontos gerais do estudo realizado bem como suas principais conclusões. Para informações mais específicas sugere-se a leitura do estudo na íntegra.
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